A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e através do Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social), realiza nesta sexta-feira (18), no Alves Hotel, das 8h às 17h, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
O encontro terá como objetivo mobilizar e convocar a sociedade a participar do enfrentamento e prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
No dia 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo, “Caso Araceli” como ficou conhecido. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos.
A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº 9.970/2000.
No Creas de Marília foram 318 casos de violência em Abril deste ano, sendo atendidos crianças e adolescentes vítimas de violência física, psicológica, abuso sexual, exploração sexual, negligência ou abandono.
No Conselho Tutelar, também em abril, uma média de 1.500 casos, sendo denúncia, violência física, negligência ou abandono, psicológica, abuso sexual e exploração sexual.
Abuso X Exploração
O abuso sexual envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa mais velha e poderosa. O abuso acontece quando o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para uma satisfação sexual.
Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com pessoa de idade inferior 18 anos, com intenção de lucros financeiros ou qualquer outra espécie. Há quatro formas de exploração sexual: redes de prostituição; parágrafo; redes de tráfico e turismo sexual.
A violência sexual praticada contra a criança e o adolescente envolvem vários fatores de risco e vulnerabilidade quando se considera as relações de geração, de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual, de classe social e de condições econômicas.
Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder, nas quais tanto pessoas e ou redes utilizam crianças e adolescentes para satisfazerem seus desejos e fantasias sexuais e ou obterem vantagens financeiras e lucros.
Foto: Divulgação