O prefeito Vinicius Camarinha está enviando a Câmara Municipal, o projeto que fixa em 4,5% o reajuste para os servidores municipais. “Claro que gostaríamos de oferecer mais, porém, é o índice possível dentro da realidade econômica. É preciso ter responsabilidade administrativa. Mesmo com a recessão que vem diminuindo a arrecadação de impostos federais e estaduais, essenciais para o funcionamento da máquina pública, depois de grande esforço, estamos propondo o índice plenamente possível para o caixa da Prefeitura”, explicou.
Vinicius lembrou que União e Estado não concederam reajuste e que a Prefeitura de Bauru ofereceu um bônus de R$ 50.
O secretário municipal de Economia e Planejamento, Rodrigo Zotti, fez parte da equipe que estudou a possibilidade do aumento salarial para os servidores. Ele se diz muito preocupado com o momento econômico do país e suas consequências.“Tendo em vista a retração econômica que o Brasil vem enfrentando neste quadrimestre, as perspectivas futuras da economia brasileira sinalizam uma redução acentuada no repasse dos recursos financeiros – sendo que no mês de abril já houve uma diminuição significativa destes valores”.
Zotti voltou a dizer que o índice de reajuste de 4,5% foi o possível para a Prefeitura de Marília no momento.“O sindicato dos servidores municipais está pleiteando um reajuste de 8,42%. Se atendermos integralmente esta solicitação teremos um acréscimo de R$ 1,5 milhão por mês na folha de pagamento. Além disso, atualmente, as despesas com o funcionalismo público representam 52,17% das nossas receitas e está acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirma Zotti.
Segundo o secretário de Economia e Planejamento, o índice de reajuste salarial estabelecido pela Prefeitura é baseado no percentual de reposição das receitas do município, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015. “A economia brasileira está em processo de desaceleração econômica, desde 2014, e o repasse dos recursos federais e estaduais vêm diminuindo acentuadamente. Fizemos uma previsão de 3,7% para o aumento das receitas orçamentárias de 2015. Infelizmente, temos verificado esta frustração nas nossas receitas. Entretanto, por determinação do prefeito Vinicius Camarinha, nós estamos oferecendo uma reposição salarial acima deste patamar”, ressalta Zotti.
“Atualmente, a Prefeitura de Marília já encontra dificuldades financeiras para compor a folha de pagamento na sua totalidade. Com as perspectivas futuras da economia nacional, a tendência é dificultar ainda mais a sua composição”, comenta Sérgio Moretti, secretário municipal da Fazenda.
“Vivemos uma situação muito difícil, de toda a arrecadação do país, só 15% ficam com os municípios. É um absurdo isso, já que quase todas as obrigações locais, como educação, saúde, infraestrutura, ações voltadas para a cultura, o esporte e o lazer são de nossa responsabilidade . A situação é muito difícil: 60% da arrecadação ficam com a União, 25% com o governo estadual e onde o povo mora é na cidade, nas vilas, nos distritos. Cada vez mais os municípios estão sem capacidade de investimento”, finaliza o prefeito Vinicius.
Assessoria de Imprensa
Foto: Wilson Ruiz
