Todos os anos, a cidade sede dos Jogos Abertos do Interior recebe uma injeção de recursos em sua economia. Em Marília, os sinais de aquecimento foram percebidos pelos comerciantes desde que as disputas começaram a movimentar as praças esportivas do município.
Thamirys Delfino, gerente do restaurante Cantina do Nenê, localizado próximo ao Ginásio Cristo Rei, conta que houve uma melhora significativa nas vendas na última semana. “Os jogos começaram no dia 13 de novembro e isso fortaleceu meu caixa. O movimento acabou sendo interrompido na sexta (15) por conta do feriado, mas as vendas foram retomadas logo depois”.
“Por não sermos uma cidade turística, costumamos trabalhar nos finais de semana com 40% de lotação. Mas, na última sexta e sábado atingimos 60% da nossa capacidade. Notei também na cidade uma movimentação maior nos supermercados, restaurantes e farmácias. Sem falar na cobertura da mídia, que acaba colocando o município em evidência”, reforçou o gerente do Hotel Fragatta Luciano Canassa Serafim.
Para o executivo Gilberto Rossi Junior, do Convention Bureau – entidade que reúne os hotéis e restaurantes de Marília – é difícil quantificar em valores quanto capital está sendo injetado na cidade. “Isso acontece porque o público do evento é bastante heterogêneo, ou seja, se divide em todos os tipos de locais, entre hotéis e alojamentos oficiais, por exemplo”.
Mesmo assim, Gilberto explica que conversou com oito dos maiores hotéis da cidade e todos afirmaram que estão bem cheios. “Partindo do princípio de que temos 30 hotéis, com cerca de 1.400 quartos e recebemos entre 15 e 17 mil turistas, isso significa que os hotéis e restaurantes estão operando quase que na sua totalidade”.
Ele explica ainda que é preciso lembrar que os turistas dos Jogos se diferem de um turista normal, porque muitos ficam instalados em alojamentos e, às vezes, cozinham por lá mesmo. “Ainda assim, o fluxo de dinheiro é alto”, pontua.
Para a realização da competição, Marília recebeu do Estado R$ 1,3 milhão. Os recursos foram usados para a contratação de serviços, compras de materiais esportivos, arbitragem, alimentação, logística, transporte, segurança, limpeza, entre outros investimentos. No total, 74 escolas municipais e estaduais foram adaptadas para alojamento das delegações, além três locais de uso coletivo e instalações em cidades vizinhas.