Médico urologista Valdir Marin, com a equipe do Programa de Saúde do Adulto da Secretaria da Saúde, percorre locais, faz “roda de conversa” e divulga os serviços
A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, promove uma série de palestras e interações em empresas e instituições para divulgar a prevenção ao câncer de próstata. Iniciativa é do Programa de Saúde do Adulto, mantido pela pasta, e do médico urologista Valdir Marin, que atende pela Prefeitura na unidade Policlínica (zona oeste).
Série de atividades incluiu encontro na Famema (Faculdade de Medicina de Marília), promovida para servidores do Complexo, além de visitas a indústrias e instituições que reúnem, principalmente, grande população masculina, como a Polícia Federal.
O câncer de próstata é o segundo mais comum e um dos mais letais nos homens brasileiros. Conforme dados do Ministério da Saúde, mais de 68 mil novos casos serão registrados no país até o final deste ano.
Segundo dados do Atlas da Mortalidade do Inca (Instituto Nacional do Câncer), em Marília morreram 302 homens nos últimos 20 anos, vítimas do câncer de próstata. Ao longo destas duas décadas, 2008 foi o pior ano, com 25 mortes. Em 2017, nove pessoas morreram pela doença.
O médico explica que a gravidade com que a doença se manifesta e a mortalidade podem ser reduzidas com o diagnóstico precoce. Por isso a importância do mês comemorativo “Novembro Azul”, quando as orientações são reforçadas.
“É importante que todos saibam a faixa etária mais acometida, conheça os fatores de risco para a doença; que o jovem e as mulheres possam orientar seus familiares e amigos. Que os homens busquem atendimento, a partir da idade preconizada, ou se observar alguma alteração no corpo”, disse o médico.
ATENDIMENTO
Homens negros ou com casos de câncer na família, a partir dos 40 anos, já podem procurar qualquer unidade de saúde da rede básica e solicitar consulta médica. O profissional poderá pedir o exame PSA.
Caso o resultado aponte alteração, será feito o encaminhamento para o urologista da Policlínica. Só então acontece o toque retal, que irá verificar eventual aumento da próstata.
O aumento da glândula, por si só, não é conclusivo para câncer. Outras condições de saúde podem estar ocorrendo, com possível tratamento medicamentoso. Na dúvida, o médico pedirá a biópsia, que é realizada nos hospitais conveniados ao SUS em Marília.
Homens em geral, independente da etnia e de haver casos na família (hereditariedade), têm que iniciar a prevenção com 50 anos. O fluxo é o mesmo, sendo possível a solicitação de PSA de qualquer um dos médicos clinico-geral ou médico da família da rede básica.
O principal problema, explica Valdir, é o diagnóstico tardio. Por preconceito e resistência ao exame, muitos homens só procuram ajuda quando a doença já está instalada e, em alguns casos, ameaçando também outros órgãos.
Com a longevidade da população, é estatisticamente explicável que o número de casos de câncer de próstata na população aumente. Porém, o médico também vê a necessidade de um estilo de vida mais saudável. Ainda que essa ligação não esteja cientificamente clara para os pesquisadores, há indícios de que alimentação saudável, a atividade física regular, a rejeição ao tabaco e o controle de peso possam reduzir as probabilidades do câncer.
Fotos: Divulgação
