A implantação efetiva do projeto que prevê a oferta da disciplina de Inglês, para todas as crianças matriculadas no primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) da rede municipal de ensino depende de planejamento e da realização de concurso, o que deve ocorrer ainda este ano.
A afirmação é do secretário municipal de Educação, professor Beto Cavallari. Ele assegura, porém, que está sendo feita gestão pelo critério de prioridade. Dessa forma, todos os mais de 8 mil alunos do Ensino Fundamental estão assistidos nas matérias obrigatórias, ou seja, os componentes do núcleo comum curricular.
Conforme norma do Ministério da Educação, o inglês deixa de ser facultativo a partir do 6º ano do Ensino Fundamental. Marília já cumpre esse parâmetro legal e pretende ir além, com a efetivação do projeto que prevê ensino do idioma desde o 1º ano.
O professor Joaquim Bento Feijão, coordenador de gestão escolar da Secretaria Municipal de Educação, lembra que o projeto foi anunciado e colocado em prática em 2014, contemplando o 5º ano. “Na época foi implementado com professores habilitados das Emefs. Mas não foram contratados profissionais para atender de forma específica esse novo componente”, explica.
Com a saída de alguns destes profissionais, a secretaria entendeu que poderia haver prejuízo aos componentes do núcleo comum curricular e foi necessário priorizar. “Não poderíamos manter o ensino do Inglês, por exemplo, e não ter o professor em sala para ensinar português ou matemática”, explica Joaquim Bento Feijão.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Em relação à Educação Física, a situação difere. Embora a equipe de planejamento observe a necessidade de contratar professores da disciplina (previsão de concurso ainda este ano), os alunos podem ter aulas normalmente com atividades de recreação.
Resolução nº 7/2010 do Conselho Nacional de Educação, do MEC, garante em seu artigo 31 a possibilidade do professor de classe aplicar a disciplina.
O texto diz: “do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os componentes curriculares Educação Física e Arte poderão estar a cargo do professor de referência da turma, aquele com o qual os alunos permanecem a maior parte do período escolar, ou de professores licenciados nos respectivos componentes”.
Em 2013, a resolução foi mantida em parecer do Conselho Nacional de Educação, após solicitação de alteração pelo Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro (1ª Região).
“O desejo da prefeitura é ter professores específicos para este componente, mas sabemos das limitações. Estão sendo empreendidos todos os esforços possíveis, junto com o Planejamento Econômico e a Fazenda, para que tenhamos o melhor ensino possível, evitando ações e gastos sem planejamento e evitando inviabilizar as demais necessidades do município”, disse Beto.
Fotos: Júlio César de Carlis
