Reunião realizada na sede da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília), envolvendo o presidente da entidade, Adriano Luiz Martins; o prefeito Daniel Alonso, e o presidente da Câmara Municipal, Marcos Rezende, virtualmente com o um grupo de comerciantes concentrados no centro comercial da cidade, discutiram meios e fórmulas de relaxamento da quarentena imposta por Decreto Estadual 64.881/2020 que impede a maioria das lojas de abrirem.
“Conversamos sobre os problemas, sobre o que pode ser feito e os riscos que corremos”, disse Adriano Luiz Martins em tom de preocupação com a crise estabelecida em virtude da paralisação geral. “Relevamos o que algumas cidades estão fazendo e comparando com a nossa situação”, falou ao marcar para a próxima quinta-feira, às 9h, novo encontro a ser realizado sobre o mesmo assunto.
O prefeito Daniel Alonso explicou as complicações jurídicas de abertura do comércio em Marília e mostrou as várias tentativas de se conseguir por meio do Palácio dos Bandeirantes, e da Justiça, o relaxamento desejado pelos comerciantes em geral.
“A nossa situação em Marília é diferenciada dos demais, em razão de uma liminar na Justiça que me obriga a atender o Decreto Estadual, bem como outros índices da pandemia”, disse ao lembrar que o número de leitos exclusivos para o atendimento ao Covid-9 está muito abaixo do uso existente, além da desaceleração do contágio, que são satisfatórios. “Nosso único problema está no índice de isolamento da cidade que é discutível”, explicou ao mostrar-se preocupado e ao mesmo tempo sem alternativas de mudanças em curto espaço de tempo. “O Governador Dória é irredutível”, disse por diversas vezes, mesmo fazendo parte do comitê municipalista criado pelo Governo Estadual.
A proposta dos comerciantes a ser oficializada ao Chefe do Executivo, que promete encaminhar ao Governo do Estado de São Paulo, é fazer com que as lojas da cidade abram em dois períodos: das 9h às 13h30 e das 13h30 às 18h. “Isso para que não tenhamos aglomerações nos transportes públicos”, justificou Adriano Luiz Martins que ouviu os comerciantes e os depoimentos de cada um sobre as dificuldades que estão vivendo, e a preocupação com o futuro. “Mais 15 dias fechados será o caos total”, prevê o dirigente muito preocupado com que os empresários estão passando. Dois segmentos comerciais seriam criados e distribuídos nestes dois horários alternativos. “Além disso, tomaríamos as preocupações com o fluxo de pessoas, higienização e até reorganização das lojas para que os caixas ficassem perto das portas com segurança e rapidez no atendimento, temporariamente”, disse ao apresentar a proposta deste grupo de comerciantes. “Aos sábados o atendimento seria em sistema de rodízio entre os grupos, das 9h às 12h”, acrescentou.
Mesmo fazendo parte do comitê local, a Associação Comercial e Industrial de Marília tem sempre apresentado a questão econômica como o centro da preocupação, porém, as autoridades de saúde se mostram mais preocupadas com a contaminação, o isolamento social e as medidas preventivas.
O prefeito Daniel Alonso faz parte do Comitê Municipalista do Governo do Estado de São Paulo, juntamente com outros 14 prefeitos paulistas, e promete uma posição do Governador João Dória sobre esta proposta. “Vamos reunir o máximo de informação sócio econômica da cidade, diante das consequências da quarentena e argumentar de forma estatística o que estamos vivendo”, propôs o presidente da Câmara Municipal de Marília, Marcos Rezende, que também se mostra preocupado com o prolongamento da quarentena.
Texto: Eficaz Comunicação Empresarial Ltda – ME
Fotos: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Marília