Para alertar a população e levar informações sobre doenças, como anemia e traço falciforme, hipertensão, diabetes e glaucoma que acometem em sua maioria, os negros e afrodescendentes, e propor políticas públicas específicas para o segmento, a Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania, por meio da Coordenadoria de Políticas para a Igualdade Racial, com o apoio da FAMEMA (Faculdade de Medicina de Marília), realizou nesta terça (27), pela manhã, uma ação de panfletagem no Terminal Rodoviário – área central da cidade.
Direcionada aos afrodescendentes, a ação teve o objetivo de esclarecer e orientar a população negra sobre as doenças que a afetam com mais intensidade. “Só conhecendo é que podemos adotar medidas de prevenção adequadas, permitindo o autocuidado e uma melhor qualidade de vida da população. A data é importante para sensibilizar também os profissionais de saúde para as demandas específicas da população negra sobre o racismo institucional e suas consequências à saúde dos afrodescendentes”, comentou Rita Magnani, coordenadora de Políticas para Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania.
Segundo Rita Magnani, algumas doenças genéticas ou hereditárias são mais comuns da população negra e exigem um acompanhamento diferenciado. Entre as principais enfermidades estão: diabete melito (tipo II); hipertensão arterial; miomas; deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenas; e doença falciforme.
Dia Nacional de Luta pelos Direitos das
Pessoas com Doença Falciforme
Nesta terça-feira (27), também é celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme. Neste quesito, o Programa Nacional de Triagem Neonatal/PNTN é fundamental para o diagnóstico de doenças falciformes feito em recém-nascidos por meio do teste do pezinho.
A anemia falciforme – que é a doença falciforme mais conhecida – é uma das enfermidades hereditárias mais comuns no Brasil. Trata-se de um tipo de anemia causada por alteração genética que leva a uma hemoglobina anormal (hemoglobina é uma proteína que existe dentro dos glóbulos vermelhos e que transporta o oxigênio do ar que respiramos para todo o nosso corpo).
“Estas doenças podem ser detectadas pelo teste do pezinho, que é feito quando o bebê nasce. Os principais sintomas são: anemia, palidez, icterícia (cor amarelada nos olhos), dores nos ossos e inchaço nas mãos e pés. A data serve para alertar para a detecção precoce deste tipo de doença, fundamental para o acompanhamento, tratamento e melhora da qualidade de vida dos portadores da enfermidade falciforme”, ressaltou Rita Magnani
Oficina no CRAS Teotônio Vilela
A Secretaria Municipal da Juventude e Cidadania – por meio da coordenadoria de Políticas para a Igualdade Racial – realizou no último dia 21 de outubro, uma oficina no CRAS Teotônio Vilela para uma população majoritariamente afrodescendente. A saúde da população negra, mais propriamente, a doença falciforme, foi o tópico do encontro.
A palestra foi apresentada pelo Dr. Claudio Cesar Rossi, interlocutor da Saúde da População Negra no Departamento Regional de Saúde – DRS IX de Marília.
Assessoria de Imprensa
Foto: Wilson Ruiz