O prefeito Vinicius Camarinha continua mantendo reuniões com lideranças da população para esclarecer os principais pontos da concessão do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília).
Em entrevista, Vinicius esclareceu os principais pontos da concessão e da reestruturação administrativa, envolvendo duas secretarias:
Prefeito, por que a proposta de reestruturação administrativa?
A crise econômica do país é muito grave e tem se refletido pesadamente nas finanças dos estados e municípios, Não podemos ficar inertes com perda de receitas e o reflexo na qualidade administrativa para os marilienses. É preciso tomar medidas visando enfrentar a realidade. Por isso propusemos a concessão do Daem por 35 anos, a extinção das secretarias de Governo, Trabalho e Inclusão bem como a fusão das secretarias de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, implantando a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Limpeza Pública.
Por que as reuniões com lideranças da população?
A população merece ter toda a informação sobre um assunto tão sério a ser votado pela Câmara Municipal. Não podemos permitir que agitadores tumultuem e desinformem os marilienses com uma questão de grande responsabilidade.
Daem. O senhor afirma a todo momento que concessão não é venda. Explique.
Sempre fui e continuo sendo contra a venda do Daem, patrimônio público. O que estamos propondo é concessão por 35 anos e essa ação não caracteriza venda em hipótese alguma. Com a concessão, haverá um planejamento de investimento de 650 milhões para um sistema de abastecimento de água e tratamento do esgoto modernos, acompanhando o forte ritmo de desenvolvimento de Marília.
Qual será o investimento imediato necessário pela empresa vencedora da licitação da concessão?
R$ 120 milhões. O Daem não tem esse potencial de investimento. Marília precisa de um serviço de água e esgoto moderno, eficiente na produção do líquido, acompanhando, com isso, o pleno crescimento da cidade. Hoje o déficit na produção de água é de 11 milhões de litros/dia.
Não há recursos. Por isso, a alternativa é a Parceria Público Privada, prática muito utilizada nos principais países desenvolvidos do mundo.
O senhor continua garantindo que não haverá demissão de funcionários no Daem. Explique.
Prefeito, o senhor garante que não há qualquer risco de tarifaço?
Por que o Plano Diretor de Água e Saneamento é tão necessário?
Porque o Daem está totalmente desatualizado em relação ao potencial de crescimento de Marília. O município já está com 250 mil habitantes e o crecimento não cessa. É preciso ter a execução, na prática imediata, de um planejamento de investimento. Aumentar o potencial de captação e distribuição, acompanhando o crescimento populacional e empresarial da cidade. É essencial investir no desperdício de água pela rede sucateada, que chega a 40%. Gradativamente as redes de distribuição precisarão ser substituídas e modernizadas. Também é muito importante uma equipe dinâmica de reparos na rede, atendendo imediatamente a população. E é claro, após o conserto da rede, o reparo imediato do asfalto.
E do esgoto?
Quanto ao afastamento e tratamento de esgoto, Marília precisa cumprir a legislação à risca, concluindo com isso a obra já iniciada.
Hoje esse é o melhor plano para Marília no abastecimento de água e tratamento do esgoto. Por isso, tento certeza absoluta que os vereadores irão aprovar a proposta. O desenvolvimento de Marília não pode parar e a população precisa sempre ser atendida com a máxima qualidade numa área tão importante como água e esgoto.
Assessoria de Imprensa
Foto: Wilson Ruiz