Nesta quarta feira, 25, o Museu de Paleontologia de Marília completou 11 anos. Por iniciativa do paleontólogo William Nava, que desde 1993 realiza escavações pela região em busca de fósseis de animais da Era dos dinossauros, foi inaugurado em novembro de 2004 pela Prefeitura Municipal através da Secretaria da Cultura e Turismo.
“Hoje é uma data muito importante, aniversário de 11 anos do Museu de Paleontologia de Marília. É uma honra poder compartilhar todo esse conhecimento adquirido ao longo de tantos anos de pesquisa, estudos e escavações. Recebemos milhares de pessoas do Brasil e também de outros países, pois o Museu é um grande disseminador de conhecimento sobre o tema. Temos essa riqueza em nosso subsolo, que são os fósseis e temos que, na medida do possível, tirar o máximo proveito desses fósseis que ficaram preservados, divulgando expondo e pesquisando”, disse Nava.
Para o vice-prefeito Sérgio Lopes Sobrinho, o trabalho do Museu é destaque no Brasil e exterior. “É sempre uma alegria muito grande, um orgulho enorme falar de nosso Museu de Paleontologia, que é referência nacional e internacional. O trabalho que Willian Nava desenvolve, junto à sua equipe, é fantástico. O visitante recebe aqui uma aula de paleontologia e pode visualizar os fósseis incríveis. Parabéns a toda equipe pelo brilhante trabalho realizado”, disse.
Segundo a secretária da Cultura Taís Monteiro, “Para nós marilienses é um orgulho termos o Museu de Paleontologia, com grande visibilidade no Brasil e inclusive no exterior, resultado de um trabalho dedicado do nosso paleontólogo William Nava e sua equipe”.
Cássio Luis Pinto Júnior, Secretário Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo, destaca que existe uma pesquisa em andamento junto à Unimar, Faip, institutos de pesquisas e Convention Visitors Bureau, realizando o levantamento do inventário turístico de Marília e demanda do fluxo, para a convocação de uma Conferência Municipal e Desenvolvimento do Plano Municipal de Turismo e buscar o título de Município de Interesse Turístico, concedido pelo Governo do Estado. O Museu aparecerá com o uma importante peça para conquistarmos esse título.
“O Museu desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento do turismo local e regional. Nós temos a certeza que o Museu, ano após ano, se consolida e amplia seus espaços. Parabenizamos o Museu e sua equipe, que tem Willian Nava como coordenador, que desenvolveu esse potencial em Marília”, disse Cássio.
No aniversário de 11 anos, além da exposição permanente de fósseis de dinossauros, crocodilos e outros organismos, o público verá, pela primeira vez, uma exposição com replicas de crânios de três espécies de dinossauros, cedidas por empréstimo pela USP ao Museu de Paleontologia. Os crânios replicados são do Herrerasaurus, descoberto na Argentina; do Deinonychus, que viveu onde hoje é a América do Norte, e do Saichania, que viveu em terras que hoje compreendem a Mongólia. Os crânios ficarão em exposição até fevereiro, quando termina o período de férias.
Outra atividade no aniversário do museu será a distribuição de origamis de dinossauros para crianças, feitos pelas funcionárias do museu.
A equipe do Museu que atende o público é composta por William Nava, a monitora educadora Izabel Brandão e as estagiárias Natália e Juliana.
Atualmente o horário de funcionamento do museu é das 8h às 14h, mas neste dia 25 ficará aberto durante a tarde também.
Exposição de réplicas de crânios: conhecendo esses Dinossauros
Na exposição, os visitantes poderão apreciar réplicas de crânios de Herrerasaurus, do Deinonychus e do Saichania.
O Herrerasaurus foi um pequeno dinossauro bípede e carnívoro, que viveu no Período Triássico, o primeiro da Era dos Dinossauros, entre 230 e 220 milhões de anos. É considerado um dos mais primitivos dinossauros, com raros registros fósseis.
Já Deinonychus e Saichania viveram durante o Período Cretáceo, entre 90 e 80 milhões de anos. Deinonychus foi um astuto predador, apesar de pequeno, possuía dentes afiados e garras recurvadas para trás, usadas talvez para dilacerar as presas. Recentes achados fósseis desse grupo de dinossauros carnívoros, que eram parentes do famoso Velociraptor, indicam que possuíam estruturas semelhantes a penas, sendo considerados antepassados das aves atuais.
O Saichania foi um dinossauro Anquilossauro, couraçado, ou seja, possuía placas ósseas que cobriam a região anterior do corpo, como crânio, pescoço e talvez até a cauda, como atestam os achados fósseis. Calcula-se que media entre 4 e 6 metros de comprimento, e tinha dieta herbívora.
Assessoria de Imprensa
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