O município de Marília segue em ritmo acelerado, visitando e protegendo as 1.448 nascentes identificadas em seu território, localizadas através de mapeamento realizado por sensoriamento remoto, com utilização de satélites, e avança nas interligações das redes de esgoto para tratamento de 100% dos efluentes lançados na cidade.
Em um trabalho inédito, Marília destaca-se na Gestão das Águas e avança com o “Projeto Nascentes”, que identificou 1.448 olhos d’água em seu território, e está visitando um a um, elaborando projetos individuais, segundo as condições específicas de cada local.
O chefe do Meio Ambiente e Gestor Ambiental, Cassiano Rodrigues Leite, explica os objetivos do projeto e a importância da participação popular nas ações.
“Não tínhamos as localizações das nascentes em Marília. Visitei os órgãos responsáveis pelas fiscalizações, mas, estes, também não possuíam o cadastramento com as devidas localizações. Assim, em um trabalho inédito, através de sensoriamento remoto com uso de satélites, conseguimos identificar 1.448 olhos d’água, e estamos visitando um a um para verificar as condições e as necessidades individuais destas nascentes. Iniciamos os trabalhos pela área urbana, onde se encontram as mais críticas, devido à interferência antrópica”, disse Cassiano.
O chefe do Meio Ambiente e Gestor Ambiental destaca as ações que foram feitas. “Realizamos limpezas, cercamentos e reflorestamentos, conforme o caso, e convidamos moradores próximos a participarem, de forma a promover à educação ambiental sobre o tema e propagar o conhecimento sobre a importância em preservar cada nascente. Sabemos da necessidade em preservar estes recursos hídricos, uma vez que estão cada dia mais escassos, e a tendência é piorar, tanto pela falta de chuvas, quanto pelo desperdício no consumo e expansão urbana”.
Ele afirma ser fundamental essa parceria com a população. “Precisamos unir forças e, juntos, protegermostodas as nascentes de nossa cidade, em benefício aos atuais habitantes e demais gerações futuras. Identificamos nascentes aterradas com entulhos e lixos, nascentes pisoteadas por animais de grande porte para dessedentação, o que é proibido e passível de penalidades, e nascentes sem mata ciliar, provocada pelas queimas urbanas. Ainda há algumas recebendo lançamento de efluentes, principalmente em condomínios aprovados tempos atrás, e, que por algum motivo, não observaram este crime. Mas, com esta visitação uma a uma, estamos corrigindo as falhas ocorridas, e temos como grande parceiro em favor deste projeto, a Polícia Militar Ambiental, que não mede esforços para colaborar com este imenso trabalho inédito e essencial ao município. É óbvio que teremos nascentes em condições precárias. Estamos corrigindo anos de omissão neste tema, e sabemos que teremos muito trabalho pela frente. O importante é que estamos fazendo o melho, e muitas pessoas de bem tem nos informado sobre alguns problemas, onde prontamente agimos. Há casos mais graves, como lançamentos de esgoto por condomínios em nascentes ou córregos, e, neste caso, a fiscalização compete à Polícia Militar Ambiental e à Cetesb e, desta forma, solicitamos que entrem em contato com estes órgãos fiscalizadores para denunciar o ocorrido, de forma que possamos corrigir estes problemas também. Somando os esforços, certamente teremos uma cidade modelo na gestão das águas, com 100% do tratamento do esgoto e preservação de todas as nascentes. Convidamos todos os marilienses a participarem desta ação inédita, onde teremos a preservação dos recursos hídricos e combateremos os crimes ambientais, melhorando a qualidade de vida da população local.
Mais informações sobre o Projeto Nascentes poderão ser obtidas através dos telefones 3408-6700 e 3454-3400.
Fotos: Divulgação
