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NOV
25
25 NOV 2019
ETE
Alunos da Escola Estadual Prof. Edson Vianei visitam a obra da ETE na bacia do Pombo
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Grupo foi recepcionado no local pelo Técnico de Segurança do Trabalho da Replan, Fernando Siman

Grupo de 22 alunos da Escola Estadual Prof. Edson Vianei Alves, que fica na rua Gonçalves Ledo, 1.475, no bairro Palmital, zona norte da cidade, esteve visitando nesta segunda-feira (25) pela manhã a obra da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) na bacia do Pombo.

Os alunos da 2ª Série do Ensino Médio foram acompanhados pelos professores Vinícius de Souza Soares Guerra (disciplina de Geografia) e Vivian Scanholato Vilela (Química).

Antes de irem até o local, alunos e professores foram recepcionados no auditório do 2º andar do Paço Municipal pelo assessor de gabinete Fábio Conti, onde receberam todas as orientações técnicas sobre a visita.

Na ETE da bacia do Pombo, o grupo foi recebido pelo Técnico de Segurança do Trabalho da Replan, Fernando Siman, que acompanhou toda a visita, esclarecendo as dúvidas sobre o funcionamento da obra.

O professor Vinicius Guerra disse que a visita à bacia do Pombo foi importante para os alunos. “A importância dessa visita é muito grande, pois traz na prática o que eles viram em sala de aula. Como professor de Geografia, destaco que os alunos puderam ter um exemplo maior do ambiente que Marília está inserida na produção de esgoto, na obra e de todos os investimentos que foram feitos, além principalmente da importância do tratamento de esgoto em nossas vidas.”

Já a professora de Química, Vivian Vilela, classificou a visita como muito positiva. “No começo do ano eles viram todas as etapas do tratamento e a importância do DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), como fazer o cálculo desse nível de oxigênio na água. E agora foi muito importante porque os alunos puderam ver e constatar a importância disso após o tratamento. A visita foi realmente proveitosa, pois eles viram na prática o que aprenderam em sala de aula.”

MAIS VISITAS

Outras duas visitas à obra da ETE do Pombo já estão agendadas. A próxima visitação acontece na quarta-feira, dia 27, às 8h30, com 30 alunos do CEEJA (Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos). E no dia 9 de dezembro, a partir das 9h, um grupo de 60 pessoas do Comitê de Bacias Hidrográficas Aguapeí/Peixe, prefeitos e técnicos farão a visita ao local.

Já no dia 2 de dezembro, às 9h, nove diretores da Caixa Econômica Federal, acompanhados pelo prefeito Daniel Alonso e secretários municipais, estarão visitando a ETE na bacia do Barbosa, que fica na zona sul da cidade. Esta obra já está finalizada e operando em fase de testes.

AS BACIAS

A bacia do Pombo recebe 209 litros por segundo e atende uma população de 47 mil pessoas das zonas Oeste e Norte. Já a Bacia do Barbosa atenderá 85 mil pessoas do Centro e Zona Sul com 231 litros por segundo de esgoto.

Já a bacia do Palmital, que será construída nas proximidades do distrito de Dirceu, vai atender uma população de 109 mil pessoas das zonas Leste e Norte. A nova bacia vai receber por segundo cerca de 270 litros de esgoto e será responsável por tratar os outros 30% do esgoto da cidade.

 COMO FUNCIONA A ETE

O funcionamento da ETE é dividido em sete etapas:

1. Gradeamento – O esgoto que vem das residências contém em média 1% de matéria orgânica e 99% de água. A primeira etapa do tratamento é a retenção de materiais grosseiros, como lixo, em um sistema formado por grades.

2. Desarenação – Na caixa de areia mecanizada, é feita a remoção dos sólidos presentes no esgoto, como areia, pedras, e detritos sólidos de pequeno tamanho, que passaram pelo gradeamento.

3. Geração de Ar Difuso – Três geradores de ar difuso importados produzem o ar que será injetado nas lagoas de aeração, em alta pressão. O sistema é considerado rápido e eficiente, pois potencializa a proliferação de microrganismos que consumirão a matéria orgânica do esgoto, acelerando o processo biológico devido à utilização do ar difuso. O ar pode atingir uma alta temperatura que pode chegar a 100 graus.

4. Lagoas de Aeração – Já sem sólidos visíveis, o esgoto é enviado para o tratamento biológico na lagoa de Aeração. Lá, ele é exposto à ação de microrganismos que promovem a degradação do esgoto e condensam em flocos, a matéria orgânica, que até então estava dissolvida no esgoto. Nesta etapa são feitas verificações das características do esgoto para adequação do processo de tratamento, tais como a quantidade de ar para a flotação das partículas e a separação da água dos flocos resultante desta primeira etapa de tratamento.

5. Lagoas de Decantação – Após o tratamento biológico, o líquido resultante do processo é submetido a um processo de decantação. Os flocos formados vão para o fundo das lagoas, separando-se da parte líquida, que já está livre de impurezas. No fundo estes flocos se juntam a outros, formando o lodo.

6. Leito de Secagem – O lodo produzido durante o processo de decantação será retirado do fundo das lagoas, desidratado, colocado para secar no leito de secagem e posteriormente será transportado para um aterro sanitário especializado. O material após seco pode ser utilizado em diversas aplicações, desde a construção civil, adubo ou ser descartado em aterro sanitário sem provocar danos ao meio ambiente.

7. Devolução do Esgoto Tratado ao Meio Ambiente – O esgoto tratado é devolvido ao meio ambiente com aproximadamente 99% de pureza. Apesar de não ser potável, a água resultante do processo pode ser utilizada como água de reuso para lavagem de vias e praças públicas, irrigação, ou devolvida aos rios e córregos, sem poluir o meio ambiente, pois seu tratamento possibilita esse retorno à natureza sem nenhum tipo de degradação ou dano ambiental.

 

Fotos: Mauro Abreu/Assessoria de Imprensa PMM

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