Serviço do Departamento de Água e Esgoto de Marília está em 97,5% das residências do Município, o mesmo que 86.233 casas
Uma divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Censo 2022 coloca Marília com um índice de tratamento de esgoto por domicílio maior que Suécia, Itália, Espanha, Dinamarca, Alemanha e outros países europeus.
A divulgação nacional foi publicada em 23 de fevereiro, e traz dados sobre as características dos domicílios por cidade. Já o índice do tratamento do esgoto nos países faz parte da pesquisa Estatísticas Mundiais de Saúde 2023, promovida pela Organização Mundial da Saúde.
Avanço da rede
Do Censo de 2010 até esta divulgação é possível visualizar um avanço e um esforço do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) para universalização do serviço. Enquanto eram atendidas 65.828 residências em Marília, na década passada, o número passou para 86.233 atualmente, ou seja, um crescimento de 20.405 famílias com esgotamento sanitário em casa.
O percentual de casas atendidas também aumentou, passando de 95,79% em 2010 para 97,54% na no Censo 2022. Como já citado, com o índice, Marília fica a frente da imensa maioria dos países desenvolvidos. Logo após Marília, o país que apresenta maior índice de saneamento por residência é a Holanda (97,30%). Alemanha (97%), Espanha (96), Itália (96) e Suécia (95), Portugal (85%) e outros aparecem na sequência.
O índice divulgado recentemente é também o 51º dentre as 645 cidades paulistas. A grande maioria que está à frente se trata de municípios pequenos, como Júlio Mesquita, segunda no ranking com 99,87%.
Pelos dados do IBGE, 99,93% dos moradores de Marília têm abastecimento adequado de água, 98,5% têm coleta de esgoto, 99,96% têm banheiros regulares e 99,4% dos marilienses têm coleta de lixo. No Brasil, por exemplo, o acesso à rede de esgoto alcança 62,5%, ou seja 62,5% da população brasileira vive em domicílios conectados à rede de esgoto.
Entre os serviços que compõem o saneamento básico, a coleta é a mais difícil, pois demanda uma estrutura mais cara do que os demais, conforme explanou o pesquisador do IBGE, Bruno Perez, um dos responsáveis pelo estudo técnico. “A gente sabe que a rede geral não é extensível à área rural, então o Plano Nacional de Saneamento considera adequadas outras soluções como a fossa séptica”, contextualizou Perez.
“Investir em saneamento básico é investir em saúde. Evita que as pessoas fiquem doentes por doenças de veiculação hídrica e diminui a necessidade de hospitalização de pacientes por causa dessas doenças. Gera economia para o atendimento da Saúde e libera os médicos e enfermeiros para cuidarem de outros casos importantes”, afirmou o prefeito de Marília, Daniel Alonso.
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