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JUL
29
29 JUL 2025
SAÚDE
Prefeitura promove Ação Papageno para a redução de suicídios
Foto Noticia Principal Grande
Usuários podem procurar as unidades do CAPS em Marília para serem acolhidos pelo programa municipal
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Atividade busca ampliar o apoio da mídia e imprensa mariliense para acolher, divulgar e inspirar a superação do sofrimento mental
A Prefeitura de Marília, por meio do Núcleo Técnico de Saúde Mental, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Saúde, promove o programa Ação Papageno Mariliense, com o objetivo de reduzir o número de casos de suicídio no município.

“A ação busca ampliar o apoio da mídia e imprensa mariliense para acolher, divulgar e inspirar a superação do sofrimento mental, ao compartilhar casos que superaram a dor através do apoio recebido da rede de apoio familiar e comunitária de pessoas que passaram por intenso sofrimento psíquico e do cuidado em saúde mental oferecido pelos profissionais especializados, especialmente das equipes multiprofissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), como alternativa ao suicídio”, destaca a responsável do Núcleo Técnico de Saúde Mental, Adriana Magali Dezotti Batista.

E acrescenta. “Para isso, precisamos intensificar a divulgação do trabalho desenvolvido pelos profissionais dos CAPS Com Viver, Catavento e Girassol aos munícipes de Marília”.


O Efeito Papageno refere-se à influência positiva que os relatos de enfrentamento saudável do sofrimento psíquico têm sobre outras pessoas, especialmente aquelas em risco de suicídio. Ele mostra que compartilhar histórias reais e esperançosas pode encorajar quem está em crise a buscar apoio e descobrir alternativas à ideia de tirar a própria vida. O nome vem da ópera “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart. Na história, o personagem Papageno pensa em se suicidar por causa de um desespero amoroso, mas é interrompido por três amigos que o lembram de outras saídas. Ele desiste do suicídio e encontra um novo sentido para viver.


Segundo o Núcleo de Saúde Mental, o Papageno na prática foca em possibilidades de ajuda e tratamento, na valorização da escuta e a empatia; dando visibilidade a trajetórias de recuperação; evitando romantizar o sofrimento, além de incentivar o diálogo aberto sobre saúde mental.

Entre os exemplos práticos do Efeito Papageno estão: reportagens responsáveis mostrando pessoas que enfrentaram pensamentos suicidas, que procuraram ajuda e melhoraram; campanhas de saúde mental com foco em recuperação, escuta, redes de apoio e fortalecimento emocional; e divulgação de histórias de superação compartilhadas em escolas, CAPS, redes sociais ou grupos terapêuticos.
 
Depoimento: “Existe vida depois da dor”

Para colaborar com a Ação Papageno, a mariliense Larissa Costa tem compartilhado sua história de vida e ajudado na abordagem do tema, incentivando a superação.
 
“Hoje sou neuropsicanalista, mas antes de chegar até aqui, percorri um caminho intenso, doloroso e profundamente transformador. Minha história pessoal me levou à missão de ajudar outras pessoas a cuidarem da mente, transformarem suas relações e resgatarem o amor pela vida, porque, um dia, eu mesma precisei fazer isso por mim. Durante um período da minha vida, fui consumida por uma dor emocional profunda. Tive episódios graves de depressão, crises de pânico e uma ansiedade tão intensa que a dor deixava de ser apenas mental e se manifestava fisicamente. Eu me sentia sufocada. E, quando essas crises vinham com força, o desespero era tamanho que eu só conseguia pensar em uma saída: morrer. Passei por diversas tentativas de suicídio. E o que doía ainda mais era o que vinha depois: o arrependimento, a culpa, a vergonha por ter tentado tirar minha própria vida”, afirma Larissa Costa.

Segundo Larissa Costa, a falta de compreensão das pessoas atrapalha o tratamento. “Era difícil explicar o que eu sentia, e muitas pessoas ao meu redor não compreendiam. Achavam que era exagero, fraqueza ou falta de vontade. Isso me fazia sentir ainda mais sozinha. Por várias vezes, ouvi falas ofensivas e maldosas a meu respeito, justamente de pessoas que eu considerava amigas. Mas, na verdade, elas não estavam minimamente interessadas em entender o que se passava comigo. Julgavam sem saber, criticavam sem empatia”, comenta.

O apoio do médico psiquiatra e da psicóloga foi essencial para o tratamento. “A escuta, o cuidado e a orientação, fizeram toda a diferença. Minha família também teve um papel importante. Da mesma forma que não foi fácil para mim, imagino que para eles também não tenha sido. Eles não entendiam exatamente o que eu estava vivendo, e isso gerava dúvidas, inseguranças, medo. Mas, com o que sabiam e podiam, estiveram presentes. Esse suporte, mesmo com limitações, foi uma base valiosa. E, quando tudo isso se somou ao meu objetivo maior, que era me reconstruir e realizar o sonho de ser mãe, algo dentro de mim despertou. Foi essa combinação que me impulsionou a dar a volta por cima. Entendi que tudo o que vivi, aprendi e superei tinha um propósito maior. Fiz minha transição de carreira: saí da sala de aula, deixei de ser professora do ensino regular para me tornar professora da vida e das possibilidades. Iniciei como terapeuta integrativa, tornei-me psicanalista e, atualmente, atuo como neuropsicanalista”, ressalta Larissa.

E finaliza. “Hoje, cuido da minha saúde emocional não apenas por necessidade, mas por amor. Minha história não é só sobre dor. É sobre superação. E eu compartilho porque sei que muitas pessoas ainda se sentem sozinhas. Pensam que é fraqueza sofrer, que é errado pedir ajuda. Mas eu sou prova viva de que buscar apoio é um ato de coragem e que existe, sim, vida depois da dor. É possível se reconstruir. É possível transformar a dor em força e até em missão. Ninguém precisa passar por isso sozinho”.

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Marília possui rede de apoio para acolhimento

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços especializados do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, voltados para o atendimento de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas.

O tratamento nos CAPS é fundamentado na atenção psicossocial, ou seja, um cuidado que considera a pessoa em sua totalidade, incluindo aspectos biológicos, psicológicos, sociais, culturais e familiares.

“Por isso é preciso divulgarmos para a sociedade os trabalhos dos CAPS Com Viver, CAPS Catavento e CAPS Girassol. Os CAPS Com Viver e Catavento são de governabilidade do município, já o CAPS ad Girassol é para usuários de álcool e drogas e está na responsabilidade de gestão do HC-Famema”, informa a responsável pelo Núcleo de Saúde Mental, Adriana Dezotti.

Em breve, o município vai contar também com uma nova unidade do CAPS III 24 horas, que será instalada na zona Sul da cidade, no bairro Nova Marília III. “Teremos 12 leitos à disposição e o paciente poderá ficar internado por até dez dias. Serão atendidas pessoas com transtornos mentais graves, inclusive casos relacionados ao uso de álcool e outras drogas, tanto em situações de crise quanto durante o processo de reabilitação. Trata-se de um grande avanço e estamos mudando o rumo da saúde mental em nosso município”, finaliza a secretária municipal da Saúde, Paloma Libanio.
 
Confira abaixo os serviços para acesso à rede de apoio para a crise em saúde mental, disponíveis em Marília:
- CAPS Catavento: atende crianças e adolescentes com sofrimento mental grave e persistente, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Rua Alcides Nunes, nº 1100, Parque São Jorge. Telefone: (14) 3451-1660;
- CAPS Com Viver: atende adultos e idosos com sofrimento mental grave e persistente, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Rua: Marquês de São Vicente, nº 322, Jardim Maria Izabel. Telefone: (14) 3434-2037;
- CAPS-ad Girassol (HC-Famema): atende adolescentes e adultos com sofrimento mental decorrente do uso de álcool e drogas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Avenida Santo Antônio, nº 1669, Centro. Telefone:(14) 3434-2518
- UPA Norte: Rua João Caliman, nº1 10, Parque das Nações. Telefone:
- UPA Sul:
- Pronto Socorro do HC-FAMEMA para casos de urgências em saúde mental, com plantão 24h;
- SAMU (192), em situações de emergências psiquiátricas.
 
Fotos: Divulgação
 
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