Uma mulher de 87 anos, portadora de doença cardiovascular crônica e doença neurológica é o 37º óbito registrado no município, de um total de 2.287 casos positivos, em 2023
A Prefeitura Municipal de Marília, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde, está intensificando as orientações sobre a importância das doses de reforço contra a covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade.
A ausência da vacinação de reforço ou do esquema vacinal completo indicado para a idade e condição do pessoa, principalmente para os grupos prioritários classificados pelo Ministério da Saúde, podem aumentar as chances de sintomas graves e críticos da doença. O 37º óbito registrado esse ano, de um total de 2.287 casos positivos, atingiu mais um mariliense que se enquadra no grupo prioritário.
Ela era uma mulher de 87 anos, portadora de doença cardiovascular e neurológica, que apresentou os primeiros sintomas em 7 de setembro e faleceu em 2 de outubro. Atualmente oito pessoas estão internadas com sintomas graves da covid, sete adultos e uma criança.
Confira porque cada pessoa desses grupos prioritários deve se vacinar com a dose de reforço:
Pessoas com 60 anos de idade ou mais
De acordo com um relatório produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com base no perfil dos casos hospitalizados ou óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 no Brasil, notificados até agosto de 2020, há maior risco para óbito a partir de 55 anos, sendo que a partir de 60 anos o risco, tanto para hospitalização quanto para óbito por covid-19, foi duas vezes maior quando comparado à totalidade dos casos. Esse risco chegou a 8,5 para hospitalização e 18,3 para óbito entre idosos com 90 anos e mais.
Pessoas vivendo em instituições de longa permanência
Pessoas que vivem em instituições de longa permanência, de um modo geral, têm um acúmulo de doenças crônicas, aumentando o risco de complicações e mortes por covid-19. As doenças infecciosas em grupos que permanecem em ambientes fechados podem se espalhar mais rapidamente.
Trabalhadores da saúde
Com o passar do tempo e a consequente redução da efetividade dos imunizantes contra a doença, além da maior exposição desse grupo à covid-19 - ou seja, maior risco de adoecimento, licença do trabalho e complicações - há necessidade de priorizar a vacinação desses profissionais.
Imunocomprometidos
Pessoas imunocomprometidas são aquelas cujos mecanismos de defesa (sistema imunológico) estão comprometidos. É comum em pessoas: transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea; vivendo com HIV; com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de corticoides; em uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à imunossupressão; com erros inatos da imunidade (imunodeficiências primárias); com doença renal crônica em hemodiálise; em tratamento oncológico que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterapia nos últimos seis meses; com neoplasias hematológicas (leucemia, mieloma e linfoma).
Gestantes e puérperas
A infecção pela covid-19 em gestantes e puérperas está associada a aumentos na morbidade e mortalidade materna quando comparados à covid-19 em mulheres não grávidas. A vacinação contra o coronavírus durante a gravidez e puerpério tem sido recomendada amplamente para prevenir doenças graves e mortes nesta população. Além disso, os bebês têm risco de complicações associadas à doença, incluindo insuficiência respiratória e outras complicações graves. Logo, a transferência de anticorpos maternos para o feto é um benefício adicional da vacinação de gestantes.
Pessoas com deficiência permanente
Fazem parte de um grupo populacional que têm diversas barreiras para adesão a medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e limitação de acesso aos tratamentos disponíveis.
População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
São mais suscetíveis em relação à população em liberdade e com maior dificuldade de adoção de medidas não farmacológicas efetivas nos estabelecimentos torna esse grupo propenso para ocorrência de surtos.
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