Técnicas da Fundato e da POC de Bauru realizaram a capacitação para as OSCs de Marília
A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, dando continuidade à efetivação do programa Família Acolhedora, realizou capacitação, no dia 14 de agosto (quinta-feira), trazendo técnicas da Fundato – Fundação Toledo e do POC – Pequenos Obreiros de Curuçá, ambas localizadas em Bauru.
O encontro contou com representantes das OSCs – Organização da Sociedade Civil – Cacam, Filantrópica, Amor de Mãe, Educandário, Instituto Lóttus, Semear; do CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social; do CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente; do Conselho Tutelar; e de técnicos da Assistência Social que atuam na Proteção Social de Alta e Média Complexidade.
O Programa Família Acolhedora visa garantir a convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes que necessitem de afastamento temporário do convívio de sua família. Pretende ainda estimular o potencial de solidariedade da comunidade local e, em simultâneo, apoiar e humanizar o cuidado destinado às crianças e adolescentes do município no momento em que mais precisam.
Dedicando-se há mais de uma década ao programa, as técnicas Andréa Ferreguti e Débora Baebe (Fundato), juntamente com Damaris Oliveira (POC), discorreram sobre o início das ações em Bauru, funcionamento, adequações, percalços e progresso frente ao Facol, denominação dada ao Família Acolhedora em Bauru.
Andréa Ferreguti, coordenadora do programa na Fundato, explicou que o projeto Família Acolhedora foi criado em 2011 para organizar o acolhimento de crianças e adolescentes em residências de famílias acolhedoras previamente cadastradas, afastadas da família por medida de proteção. O acolhimento é previsto até que seja possível o retorno à sua família ou na impossibilidade de inserção em família substituta. Trata-se de uma medida transitória, com o principal objetivo de atuar junto à família natural ou extensa possibilitando a rápida e segura reintegração familiar.
A coordenadora da Proteção Social de Alta Complexidade, Isabela Gomes dos Santos, disse que visitou o serviço em Bauru e que ficou encantada com a estrutura e, principalmente com a dedicação dos colaboradores em relação aos cuidados com a criança, família de origem e família acolhedora. “O vínculo experimentado em ambiente familiar proporciona memórias e experiências que são a base para criar estratégias e recursos psíquicos necessários para lidar com as violações vividas, possibilitando ainda, por meio do acolhimento mais individualizado, um olhar mais atento a cada criança e adolescente”, esclareceu Isabela.
Para a secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Hélide Parrera, a presença das técnicas foi muito rica, pois com muita responsabilidade e conhecimento, de forma assertiva, apresentaram o programa, explicando o quanto é importante para o desenvolvimento das crianças acolhidas e também para as famílias acolhedoras e as de origem.
“A família acolhedora desempenha um papel fundamental no cuidado e desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de acolhimento, especialmente durante a primeira infância. O acolhimento familiar oferece um ambiente seguro e afetivo, promovendo o desenvolvimento integral da criança. A família acolhedora se torna uma extensão da rede de apoio, cuidando das necessidades diárias e acompanhando o desenvolvimento”, pontuou Hélide. A secretária informou que, brevemente, será aberto um chamamento público para que as instituições interessadas a aderir ao programa participem.
O Família Acolhedora é um serviço do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e pode ser executado diretamente pelos governos, especialmente as prefeituras, ou em parceria com organizações da sociedade civil.
Fotos: Divulgação