Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Marília - SP e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Prefeitura Municipal de Marília - SP
Acompanhe-nos:
Rede Social Facebook
Rede Social Instagram
Notícias
Enviar para um amigo!
Indique essa página para um amigo com seus dados
Obs: campos com asterisco () são obrigatórios.
Enviando indicação. Por favor, aguarde...
DEZ
11
11 DEZ 2020
ETE
Em dia histórico, Prefeitura e Governo Federal inauguram 100% das obras do tratamento de esgoto em Marília
enviar para um amigo
receba notícias
Solenidade contou com as presenças do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do secretário Nacional de Habitação, Alfredo dos Santos

Em dia histórico, que marcou a quebra de um tabu de quase 30 anos, o prefeito Daniel Alonso e o Governo Federal, representado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e pelo secretário Nacional de Habitação, Alfredo dos Santos, inauguraram na manhã desta sexta-feira, dia 11, os 100% das obras da capacidade de tratamento de esgoto de Marília, com a conclusão da Bacia do Palmital – as bacias do Pombo e do Barbosa já estavam prontas e em pleno funcionamento.
A solenidade foi realizada na Bacia do Palmital, que fica próximo ao distrito de Dirceu, e reuniu dezenas de outras autoridades, como o atual vereador e vice-prefeito eleito Cícero do Ceasa; o presidente da Câmara, Marcos Rezende; a presidente do PL Mulher, Dani Alonso, que representou a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Selma Regina Mazuqueli Alonso.
A Caixa Econômica Federal, parceira na execução da obra, foi representada pelo superintendente Regional, José Augusto Baungart; pelo supervisor Guilherme Ferraz e pelo gerente da agência Marília, Carlos Alberto Traballi.
A Replan Saneamento e Obras, empresa mariliense responsável pela obra, foi representada pelo diretor-presidente Reinaldo Pavarini e diversos engenheiros. Estiveram presentes ainda vereadores da atual legislatura e também alguns vereadores eleitos, além de secretários municipais, empresários e representantes de diversos órgãos e entidades.
Chamada de obra do século, as ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) deixarão um legado para as futuras gerações de marilienses, melhorando a saúde e a qualidade de vida da população, além de atrair novas empresas à cidade, passando a gerar mais emprego e renda.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que representou o presidente da República, Jair Bolsonaro, parabenizou Marília pela grande obra. “Tenho que agradecer a oportunidade de estar aqui em Marília e também ao prefeito Daniel Alonso pela receptividade. É a obra mais importante que um administrador público pode proporcionar à população, pois se retira do sistema de saúde vários tipos de doença, melhorando a qualidade de vida os moradores. Por isso, Marília hoje tem muito a comemorar. Depois de 26 anos, a cidade ganha esse grande presente e Marília tem a sorte de ter um prefeito como o Daniel, que lutou e muito para que essa obra se tornasse realidade. Marília realmente é um município privilegiado e temos marilienses ilustres que compõem o nosso ministério.”
O prefeito Daniel Alonso ressaltou a importância da obra. "A nossa gestão resolveu o maior problema ambiental de Marília e de mais de 90 municípios da região, já que todo o nosso esgoto era jogado in natura no Rio do Peixe e seus afluentes. Além de saúde e qualidade de vida, o tratamento de esgoto vai atrair novas empresas a nossa cidade e, consequentemente, mais empregos à população. Agradeço ao ministro Rogério Marinho e ao secretário Alfredo dos Santos pelo apoio para que essa obra tão importante se tornasse realidade em Marília. São muitas pessoas que deram suporte para a obra do tratamento de esgoto fosse concluída e deixou meu agradecimento a todos. É uma obra grandiosa, com 430 mil m² de construção, o que equivale a 80 estádios de futebol, que irá tratar 1.112 litros de esgoto por segundo, fazendo com que Marília atinja outro patamar e integre o seleto número de municípios que tem o seu esgoto tratado”.
Em apenas três anos, Marília passou de uma das piores cidades no quesito saneamento básico para uma cidade que caminha rumo à universalização do serviço de tratamento de água e de esgoto. No ranking elaborado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Marília recebeu nota 2,33 em 2017. Em 2020, a nota pulou para 383,47.
30 ANOS DE INÉRCIA POLÍTICA
Desde o início da década de 90 a população de Marília assistiu a um verdadeiro jogo de interesses políticos, que colocou de lado o mais importante: o desenvolvimento da cidade e a melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade.
Mesmo com intervenções da Justiça, ao longo de quase 30 anos os sucessivos prefeitos não conseguiram resolver o problema ambiental da cidade. Ao contrário, o que se viu foi o engavetamento do projeto por mais de uma década, entre 1995 e 2007.
Em 2008, nova licitação prevê conclusão da obra para 2015, o que não aconteceu e fez com que o Ministério Público Federal passasse a investigar destinação dos recursos: R$ 55 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A situação ficou ainda mais complicada com abertura de nova licitação em 2013, a um custo de R$ 108,9 milhões, com a construtora OAS. Em 2015, as obras são paralisadas devido à falta de pagamento, acumulando um prejuízo de R$ 38 milhões aos cofres públicos. No mesmo ano, a prefeitura anuncia a retomada da obra, porém, com um aumento no contrato que passou de R$ 108,9 milhões para R$ 137 milhões.
A queda de braço entre a prefeitura, bancos públicos, Justiça, ONGs de Meio Ambiente e a população - a mais atingida pela inércia das administrações municipais que se sucederam ao longo de quase três décadas – não alterou o cronograma e as obras das ETEs foram completamente abandonadas até o final de 2016.
O ano de 2017 marca um novo período na história política de Marília, com o mandato do prefeito Daniel Alonso. Desde o início de sua campanha, ele tornou público seu compromisso de entregar à população da cidade 100% do esgoto tratado.
O chefe do Executivo agradeceu aos parceiros pela determinação e coragem em realizar essa obra grandiosa. “Em nome da população agradecemos ao Governo Federal, à Caixa, à Replan, à Câmara Municipal, ao Daem, ao Daee e ao Comitê de Bacias Hidrográficas do Aguapeí-Peixe pela parceria, viabilizando a realização da maior obra da história de Marília”, afirmou Daniel Alonso.
Um dado interessante, mas que passa despercebido da maioria da população é a obra de infraestrutura subterrânea, necessária para a operação do complexo das ETEs. Foram instalados milhares de metros lineares de tubulações, dezenas de quilômetros de emissários, elevatórias e bombeamentos.
BACIA DO PALMITAL
A ETE da bacia do Palmital, a terceira e última etapa do projeto, ocupa uma área de 157 mil m² na zona Leste da cidade, ao lado do distrito de Dirceu, com acesso pelo final da Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, que atenderá uma população de 109 mil habitantes.
São duas grandes lagoas de aeração, medindo cada uma 133 metros de comprimento por 77,40m de largura e profundidade de 5 metros. Existem outras quatro lagoas de decantação, com 133m de comprimento por 7 metros de largura. Serão tratados 487 litros de esgoto por segundo na bacia do Palmital.
POMBO E BARBOSA
Em 2019 o prefeito Daniel Alonso já havia entregado as duas primeiras obras do sistema: a Bacia do Pombo e Bacia do Barbosa, já estão em pleno funcionamento, que juntas tratam 70% do esgoto de Marília. A bacia do Pombo recebe 209 litros/segundo e atende uma população de 47 mil pessoas das zonas Oeste e Norte. A bacia do Barbosa atende 85 mil pessoas da região central e da zona Sul com 416 litros/segundo de esgoto.
COMO FUNCIONAM AS ETES
O funcionamento das três Estações de Tratamento de Esgoto – Pombo, Barbosa e Palmital - é dividido em sete etapas:
Gradeamento – O esgoto que vem das residências contém em média 1% de matéria orgânica e 99% de água. A primeira etapa do tratamento é a retenção de materiais grosseiros, como lixo, em um sistema formado por grades.
Desarenação – Na caixa de areia mecanizada, é feita a remoção dos sólidos presentes no esgoto, como areia, pedras, e detritos sólidos de pequeno tamanho, que passaram pelo gradeamento.
Geração de Ar Difuso – Três geradores de ar difuso importados produzem o ar que será injetado nas lagoas de aeração, em alta pressão. O sistema é considerado rápido e eficiente, pois potencializa a proliferação de microrganismos que consumirão a matéria orgânica do esgoto, acelerando o processo biológico devido à utilização do ar difuso. O ar pode atingir uma alta temperatura que pode chegar a 100 graus.
Lagoas de Aeração – Já sem sólidos visíveis, o esgoto é enviado para o tratamento biológico na lagoa de Aeração. Lá, ele é exposto à ação de microrganismos que promovem a degradação do esgoto e condensam em flocos, a matéria orgânica, que até então estava dissolvida no esgoto. Nesta etapa são feitas verificações das características do esgoto para adequação do processo de tratamento, tais como a quantidade de ar para a flotação das partículas e a separação da água dos flocos resultante desta primeira etapa de tratamento.
Lagoas de Decantação – Após o tratamento biológico, o líquido resultante do processo é submetido a um processo de decantação. Os flocos formados vão para o fundo das lagoas, separando-se da parte líquida, que já está livre de impurezas. No fundo estes flocos se juntam a outros, formando o lodo.
Leito de Secagem – O lodo produzido durante o processo de decantação será retirado do fundo das lagoas, desidratado, colocado para secar no leito de secagem e posteriormente será transportado para um aterro sanitário especializado. O material após seco pode ser utilizado em diversas aplicações, desde a construção civil, adubo ou ser descartado em aterro sanitário sem provocar danos ao meio ambiente.
Devolução do Esgoto Tratado ao Meio Ambiente – O esgoto tratado é devolvido ao meio ambiente com aproximadamente 99% de pureza. Apesar de não ser potável, a água resultante do processo pode ser utilizada como água de reuso para lavagem de vias e praças públicas, irrigação, ou devolvida aos rios e córregos, sem poluir o meio ambiente, pois seu tratamento possibilita esse retorno à natureza sem nenhum tipo de degradação ou dano ambiental.

 

Fotos: Mauro Abreu/Assessoria de Imprensa PMM

Seta
Versão do Sistema: 3.4.0 - 05/02/2024
Copyright Instar - 2006-2024. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia