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O secretário municipal de Educação, professor Beto Cavallari, recebeu na última quinta-feira (21) o vereador Marcos Rezende (PSD), que foi acompanhado por representantes do grupo Pró-Vida e Pró-Família.

Na ocasião, foi discutido o material didático distribuído nas escolas pelo MEC através do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). O grupo considera partes dos materiais didático e paradidático como impróprios para alunos de 4 a 10 anos de idade, justamente o público da rede municipal de ensino.

A principal crítica do grupo é em relação ao livro Porta Aberta “Ciências Humanas e da Natureza”, dos autores Denise Mendes, Margarete Artacho, Mônica Jakievicius e Roberto Giansanti. De acordo com eles, o material descaracteriza a família por meio de construções familiares que não a tradicional ou natural, formada por um pai e uma mãe.

O vereador Marcos Rezende solicitou, em nome do grupo, a retirada deste livro da rede e disse entender as dificuldades para o pedido ser acatado pela secretaria. Por isso não descarta entrar com um mandato de segurança para que isso aconteça.

“Nós vamos fazer um estudo mais pormenorizado para avaliarmos a possibilidade de um mandato de segurança, solicitando que seja retirado imediatamente o livro da rede”, explicou Rezende.

Marcos Rezende afirmou ainda que não descarta a opção de propor a formação de uma comissão para avaliar todo o material didático da rede municipal de ensino de Marília. “Não descarto porque a secretaria é muito grande e temos que nos colocarmos no lugar do secretário, que tem uma série de situações para administrar. Por isso propomos uma comissão para estudar o assunto e não deixar o MEC impor à nossa rede material como este”.

O vereador destacou ainda a celeridade com que a Secretaria de Educação respondeu ao seu primeiro Requerimento, solicitando informações sobre o material didático utilizado na rede. “Agradeço à secretaria da Educação por nos receber e responder prontamente nosso primeiro requerimento com relação ao material didático e paradidático da rede municipal de ensino”.

Durante a reunião, o secretário Beto Cavallari explicou que alguns livros vão direto para as escolas via Ministério da Educação, não passando, portanto, por uma análise prévia da equipe técnica da secretaria.

“Trabalhamos com os materiais curriculares. Já os materiais que são extracurriculares são enviados pelo MEC diretamente para as nossas escolas”.

Beto Cavallari destacou ainda que as iniciativas da Câmara Municipal que tenham como foco a preocupação com as crianças são muito bem vindas pela secretaria.

Contudo, ele garante que, até o momento, “não recebemos reclamações informais ou formais de pais ou professores sobre essa questão, mas nos comprometemos em analisar as demandas, observar na rede se existem excessos ligados à ideologização e/ou erotização de conteúdos e, caso eles existam, partir para as devidas correções”, afirmou o chefe da pasta.

O secretário completou dizendo que, “assumimos a posição de debater essas questões mais gerais, ligadas à noção de família, aos princípios e valores que permeiam a prática docente. Nosso objetivo é buscar a melhor qualidade de ensino público municipal em nossa cidade, compromisso que assumimos para fazermos uma educação de excelência e rumo ao século 21”, finalizou o secretário.

Foto: reprodução