A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, promoveu nesta segunda-feira, dia 27, mais um curso de capacitação técnica sobre melhorias na arborização urbana do município. Desta vez, o tema apresentado foi o manejo das Leucenas (Leucaena leucocephala), árvores nativas da América Central.
Segundo o Chefe da Arborização Urbana, Adeir Ribeiro Alves, a Leucena foi introduzida à flora brasileira em meados da década de 40, como opção de alimento na pecuária, principalmente pelo seu rápido crescimento e facilidade de adaptação em áreas com diferentes características, e rapidamente se espalhou em meio à vegetação nativa, principalmente em áreas de recuperação ambiental e pastagens.
“Por ser da espécie pioneira, ou seja, aquelas árvores que se desenvolvem primeiro em áreas degradadas ou inóspitas, as Leucenas ocupam grande parte do espaço, impedindo que a riqueza e diversidade vegetal da área se restabeleçam e, consequentemente, toda a vida animal que depende dessas plantas como fonte de alimento, abrigo e refúgio, fica comprometida, desequilibrando os processos ecológicos naturais”, disse Adeir Alves.
A assistente de gabinete da Secretaria do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Edmeire de Souza, destaca que as Leucenas precisam ter um controle adequado por não ser nativa brasileira, evitando danos à biodiversidade local. Ela lembra que ao longo dos anos, não houve cuidados com as Leucenas em Marília, e esta espécie aproveitou-se desta inércia para invadir e dominar a vegetação. Hoje é comum vê-las em áreas verdes, praças, e principalmente ao longo das rodovias. “Talvez por falta de conhecimento, as pessoas acreditam estar fazendo bem à flora, permitindo o desenvolvimento dessa espécie, mas na verdade, contribuem para o desequilíbrio ambiental, uma vez que perdemos espaço para o desenvolvimento das árvores nativas características da nossa região”.
“Esse curso oferecido aos nossos servidores que cuidam da arborização urbana teve como objetivo explicar os malefícios que as Leucenas, quando reproduzidas em excesso, trazem à nossa biodiversidade, bem como orientar sobre o manejo adequado desta espécie, permitindo que o nosso ecossistema mantenha-se em equilíbrio”, finalizou Edmeire de Souza.
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