Comitê estratégico instalado pela Secretaria Municipal da Saúde de Marília realizou reunião com supervisores de serviços e representantes de instituições, na manhã desta segunda-feira (28).
O objetivo foi centralizar e compartilhar informações, definir cooperações e estratégias para o enfrentamento da crise dos combustíveis, que gera restrições de abastecimento e reflete também na saúde.
Participaram serviços próprios do município, como PA Sul, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), atenção básica, almoxarifado, frota, assistência farmacêutica; parceiros como a UPA da zona norte e Hospital Unimar; Santa Casa, Gota de Leite, HC (Hospital das Clínicas) e HMI (Hospital Materno Infantil).
A secretária municipal da Saúde, Kátia Santana, informou que o grupo acredita que a população precisa ser bem informada para que não haja pânico e que os atendimentos de saúde sejam mantidos, principalmente os serviços de urgência e emergência.
SAÚDE MUNICIPAL
A subfrota da Saúde utiliza a reserva técnica de combustíveis da Prefeitura e iniciou racionamento na semana passada, com exceção do Samu e dos atendimentos aos pacientes acamados, que seguem normalmente.
Os transportes eletivos, principalmente de reabilitação, estão suspensos, para que possa ser priorizada a atenção aos pacientes de hemodiálise, quimioterapia e radioterapia, bem como todos os tratamentos indispensáveis à vida.
As unidades de saúde (UBSs e USFs) funcionam normalmente. Servidores, principalmente que moram fora de Marília, já relatam dificuldade para chegar ao trabalho, mas o atendimento aos pacientes não foi impactado.
O almoxarifado da saúde e o setor de assistência farmacêutica racionaram os transportes e não há registro de falta de insumos essenciais e medicamentos para as unidades. No PA Sul a oferta de gases medicinais e outros itens para a rotina segue normal.
Em todos os setores da saúde municipal há preocupação com a falta de funcionários para os próximos dias, devido à dificuldade para chegar ao trabalho. A secretária agradeceu o empenho dos servidores e acredita que, com união e compreensão, o momento será superado.
HOSPITAIS
A superintendente do HC (Hospital das Clínicas), Paloma Nunes, informou que não houve impacto nas urgências e emergências. Porém, está sendo realizada gestão estratégica das cirurgias eletivas. Algumas agendadas, no final de semana, foram adiadas. Nesta segunda-feira (28) o centro cirúrgico funciona, inclusive, para eletivas.
A situação é a mesma no HMI (Hospital Materno Infantil). Nas duas unidades, serviços administrativos foram racionados e funcionários relatam preocupação com locomoção, de casa para o trabalho.
UNIMAR
A UPA, sob gestão da Unimar, atende urgências e não há impacto no atendimento ao paciente. A unidade reforçou alerta ao corpo clínico para manter alta resolutividade, evitando encaminhamentos ao HC de pacientes classificados como “azul” e “verde”, ou seja, casos menos graves.
O Hospital da Unimar segue atendendo inclusive procedimentos eletivos (agendados). Não há registro de faltas de funcionários e os transportes de pacientes de fora do município ainda chegam para consultas/exames.
SANTA CASA
A Santa Casa relatou a suspensão de 16 cirurgias eletivas (agendadas) para racionar recursos e citou ainda a falta de dois insumos, em função de recente troca de fornecedor. Em cooperação com o Hospital das Clínicas, os itens serão fornecidos e não haverá desabastecimento. Gases medicinais e insumos chegam normalmente.
A exemplo do que ocorre nos grandes centros, o movimento no hospital, que inclusive recebe pacientes de municípios mais distantes do Estado, reduziu de forma espontânea devido o racionamento das Prefeituras.
GOTA DE LEITE
A Maternidade Gota de Leite também funciona normalmente. A instituição relatou apenas contingenciamento de diesel, para preservar o gerador, a ser usado em eventual falta de energia. Materiais e medicamentos, com exceção de dois itens já em negociação para suprimento, estão com estoque normal.
A secretária municipal da Saúde, Kátia Santana, afirmou que a população não deve se preocupar em acionar os serviços de saúde, se necessário, mas pediu compreensão, caso a necessidade (classificada pelas equipes de saúde como não urgente) leve mais tempo a ser atendida.
“Há um empenho da nossa pasta, da administração municipal como um todo e das instituições de saúde do município para que o atendimento da saúde seja minimamente impactado. É um momento delicado e precisamos de tranquilidade e responsabilidade, para superar”, declarou.
Mais informações podem ser obtidas junto à secretaria municipal da Saúde de Marília, pelo telefone (14) 3402-6500.
Foto: Carlos Rodrigues