Aconteceu na tarde desta terça-feira (02), no auditório da Prefeitura de Marília, mais uma reunião do comitê ‘Marília sem Dengue’. De acordo com o secretário da Saúde, Danilo Bigeschi o encontro teve a importância de fazer um balanço do trabalho realizado até agora e traçar metas para o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus.
“O trabalho é continuo, desde o seu lançamento em novembro. As reuniões são quinzenais e com a participação dos mais diversos segmentos. Hoje foi mais um encontro positivo”, disse o secretário da Saúde, Danilo Bigeschi.
O secretário do Meio Ambiente e Limpeza Pública, Avelino dos Santos Modelli também participou da reunião.
“Por determinação do prefeito Vinicius Camarinha, estamos envolvendo a população em todas as ações de combate ao mosquito. A participação da sociedade é muito importante, o retorno já está sendo favorável e as atividades servindo até de exemplo para outros municípios da região”, destacou Avelino Modelli.
O secretário ainda destacou os mutirões de limpeza que vem acontecendo nos distritos de Marília. Lácio, Rosália e Avencas já receberam a ação. “Já estamos programando outras regiões, assim como nas proximidades das chácaras que ficam ao lado da indústria Coca Cola”.
Na reunião, a subprefeita do distrito de Lácio, Rosemeire Vernaschi agradeceu o empenho e a participação da população no mutirão realizado no sábado.
“Resumo o nosso mutirão em duas palavras: orgulho e sucesso. Para nós moradores no distrito foi um orgulho muito grande ver a participação da população, adultos e até crianças ajudaram, com isso a limpeza foi um sucesso grandioso. O pessoal da empresa Agroatta, não mediu esforços, entrou nas casas, nas empresas e nos terrenos. Acho que esse deve ser o espírito da campanha ‘Marília sem Dengue’, com a participação de toda a cidade ao lado do poder público contra o mosquito Aedes Aegypti”, destacou Rose, que revelou que no distrito foram recolhidos 10 caminhões de móveis velhos e 12 de entulhos e galhos.
Medida Provisória – Para ampliar a capacidade de combate ao Aedes, o governo federal editou a Medida Provisória nº 712, ampliando os poderes das autoridades de saúde no combate ao mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika. Uma das principais novidades da MP é a possibilidade de ingresso forçado em imóveis públicos e privados considerados abandonados ou em situação de ausência do responsável.
O ingresso em imóveis fechados será realizado após avaliação das autoridades de saúde, quando a ação for considerada essencial para combater os focos do mosquito. A medida foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (01) e já está em vigor .
O secretário da Saúde, Danilo Bigeschi, elogiou a medida dizendo que isso facilita a ação contra pessoas que dificultam o trabalho para eliminação de criadouros. “Em Marília o plano de ação contra o Aedes já prevê ação idêntica graças a parceria da Prefeitura com o Ministério Público, Policia Militar e Creci (Conselho de Corretores de Imóveis). Isso é importante, uma vez que 80% dos criadouros estão em imóveis”, afirmou.
Segundo a MP, a ausência será classificada quando, após duas tentativas do agente de saúde, realizadas em horários e dias alternados, em um intervalo de 10 dias, não for localizado um responsável que realize a abertura do imóvel para um agente de saúde realizar a inspeção de possíveis criadouros do mosquito.
A Medida Provisória prevê que o agente de saúde que precisar recorrer ao ingresso forçado no imóvel deverá elaborar um relatório, explicando quais medidas sanitárias foram adotadas no combate ao Aedes Aegypti.
Se necessário, o agente poderá requerer o auxílio das autoridades policiais para a entrada forçada. Essa ação deverá ser realizada sempre observando a integridade do imóvel.
Danilo Bigeschi alertou a população para o cuidado nessa época do ano por causa do calor e do maior índice de chuva, ambiente favorável para a proliferação maior do mosquito. “Também estamos preocupados com o trânsito maior de pessoas por causa do carnaval. As viagens de pessoas para regiões onde há a incidência dessas doenças preocupam muito”, concluiu.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Wilson Ruiz