Anunciada na semana passada, a ‘guerra’ contra o mosquito Aedes aegypti iniciou nesta segunda-feira, dia 5 de fevereiro de 2024, com a intensificação da vistoria nos imóveis da região da cidade com maior incidência dos casos positivos para a dengue. A ação é realizada pela Prefeitura Municipal de Marília e coordenada pela Secretaria Municipal da Saúde, com apoio de todas as outras Secretarias Municipais, autarquias e órgãos municipais.
De acordo com as informações da supervisora da Vigilância Ambiental, Vivian Martinelli Funai, diariamente são realizadas 2.500 avaliações em residências e comércios da cidade. E por conta de uma maior incidência dos registros de dengue na região Norte da cidade, foi ampliado o número de agentes de combate às endemias para a tarefa nos bairros Castelo Branco e Palmital, que estão sob a abrangência da Unidade de Saúde da Família (USF) JK.
“Os agentes comunitários fazem a pesquisa nos imóveis e aplicam larvicidas em recipientes e ralos que podem se tornar focos do mosquito. Também vão notificar o morador para regularizar locais que podem ser criadouros do mosquito, como sujeira e piscinas, caixas d’água destampadas e sem manutenção. É importante ressaltar que o supervisor de saúde é uma autoridade sanitária e pode aplicar multa de R$ 500 a R$ 5 mil”, explicou a supervisora Vivian Martinelli Funai.
Inicialmente, 80 quarteirões foram priorizados entre os dois setores citados, com o reforço de 15 agentes de controle de endemias. A região ganhará um reforço na limpeza urbana a partir desta terça-feira, dia 6, preparando os imóveis para receber a nebulização, posteriormente à limpeza, já nos próximos dias.
Bom exemplo de cidadania
Um bom exemplo de combate à dengue e de cidadania vem do morador do bairro Castelo Branco, o seu Dilton Queiroz, de 70 anos de idade. Ele vive com a esposa e, anos atrás, chegou a contrair a dengue. “Realmente foi horrível, inclusive tivemos que ir várias vezes tomar soro no pronto-atendimento. Sofremos com esse mosquito. Por isso, limpo aqui em casa todos os dias e sempre confiro ali na pracinha como as coisas estão”, detalhou. Seu Dilton mora em frente à praça do bairro e relatou que, lamentavelmente, muitos que frequentam o local não conservam o espaço e ainda por cima deixam lixo espalhado por vários pontos.
Marília passa atualmente por um aumento preocupante nos casos de dengue no comparativo das quatro primeiras semanas deste ano com o mesmo período do ano passado. Além disso, um outro tipo de dengue, o Tipo 3, voltou a circular no Estado de São Paulo. Atualmente, o número de casos em todo o território nacional cresceu de modo surpreendente. Dados do Ministério da Saúde comprovam que houve um crescimento exponencial na comparação de 2023 com 2024.
“O Brasil inteiro já sabe que este ano vai ser difícil contra a dengue e nós precisamos sair na frente. Precisamos fazer a nossa parte e, assim, cobrar da população para que também participe desta guerra contra a dengue”, salientou o prefeito de Marília, Daniel Alonso. O decreto para combate ao mosquito está sendo elaborado e deve ser publicado no Diário Oficial do Município de Marília (DOMM) desta terça-feira, dia 6 de fevereiro de 2024.
Bloqueios e combate à dengue
As equipes do mutirão de combate à dengue vêm desenvolvendo bloqueios, realizando busca de febre com tratamento focal, remoção de criadouros, limpeza de terrenos e de áreas verdes onde a população descarta lixo, móveis velhos e também galhos. Outro ponto importante consiste no levantamento de imóveis fechados ou abandonados pela localização de seus respectivos proprietários e vistorias. Haverá intensificação de visitas em estabelecimentos comerciais, imóveis de difícil acesso, vistorias nas escolas e outras unidades de ensino, além de vistorias em pontos estratégicos e áreas estratégicas. Serão fixados cartazes de combate a dengue em locais públicos, como o comércio.
Em caso de sintomas da dengue, como febre alta (acima de 39º), acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, procure a unidade de saúde de seu bairro ou a mais próxima de sua casa e jamais tome remédios ou medicamentos por conta própria. Em Marília o cidadão pode procurar atendimento em uma Unidade de Saúde da Família (USF), Unidade Básica de Saúde (UBS) (são 52 estabelecimentos ao todo), Pronto-Atendimento (PA), na zona Sul, e Unidade de Pronto-Atendimento da zona Norte (UPA da zona Norte).
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