A Saúde de Marília ganha novo investimento, após o credenciamento do município ao programa federal ‘Crack é possível vencer’, em abril, a atual administração conquistou junto ao Ministério da Saúde recurso de R$ 1,5 milhão para construção de CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial) Álcool e Drogas.
“O uso de álcool e drogas ilícitas tem sido cada vez maior e atinge a vida do usuário e dos seus familiares. O problema é alarmante em todo o Brasil e o atual governo tem a preocupação de atender as pessoas que sofrem dessa doença. Pesquisas realizadas nos últimos dois anos apontaram que cerca de 2 milhões de brasileiros tiveram contato com o crack e ainda 3% dos jovens de 14 e 18 anos usaram algum tipo de droga”, revelou o secretário da Saúde, Márcio Travaglini.
O Programa ‘Crack é possível vencer’ é composto por três eixos: Prevenção, Autoridade e cuidado.
“No eixo Prevenção estão previstos cursos multiprofissionais sobre a prevenção do uso de drogas, curso de detecção do uso de substâncias psicoativas e para a integração de competência judiciária. No Autoridade, está a segurança pública, com policiamento ostensivo e de proximidade com bases móveis de monitoramento, veículos e motocicletas, além de câmeras de videomonitoramento e capacitação dos profissionais de segurança pública”.
O secretário explicou que a conquista junto ao Ministério da Saúde de R$ 1,5 milhão será importante, principalmente, na aplicação do eixo Cuidado, já que o mesmo é formado por componentes da atenção básica: equipe de consultório de rua, centro de convivência, atenção psicossocial (CAPS II, CAPS III e CAPS Infantil), urgência e emergência (SAMU, UPA e PA), atenção residencial de caráter transitório (Unidade de Acolhimento), atenção hospitalar e reabilitação psicossocial.
Em Marília, junto à adesão ao programa, foi formado um Comitê Gestor composto por representantes do gabinete do prefeito, da Secretarias de Governo, da Saúde, da Assistência Social e da Educação com o objetivo de planejar, implementar e monitorar as ações relacionadas ao programa no município.
“Não se recupera o indivíduo viciado em crack só com a Saúde, precisamos de parceiros, de agentes que proporcionam atividades físicas, esporte, cultura e educação até para ajudar o dependente que tenta deixar o problema. Por determinação do prefeito Vinícius Camarinha, vamos formar um cinturão de enfrentamento da droga. A gente houve falar da Cracolândia em São Paulo, no Rio de Janeiro e se o interior não começar a combater com eficácia o problema em breve teremos aqui também”.
Travaglini revelou que a unidade do CAPS que funciona na Faculdade de Medicina de Marília está pequena e que a nova, a ser construída com o recurso conquistado terá novo modelo de atendimento, com funcionamento 24 horas.
“Do recurso, R$ 1 milhão será para o CAPS e R$ 500 mil para a construção da Unidade de Acolhimento e ainda implantação do atendimento da equipe do Consultório de Rua”.
Unidade de Acolhimento – Será um espaço destinado como abrigo provisório para os dependentes, até que eles possam voltar para as suas famílias. “O paciente precisa ter espaço para dormir, para comer, ser atendido por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, psiquiatra, terapeuta ocupacional, por exemplo. O espaço precisa oferecer qualificação profissional, cursos, direcionamento pra que a pessoas não voltem para o vício”.
O secretário informou que a unidade funcionará também nos finais de semana, com atendimento ininterrupto e para isso será necessária a montagem de uma grande estrutura. O paciente poderá frequentar a unidade mediante atendimento permanente no CAPS.
“Já temos a área, estamos finalizando o projeto arquitetônico e em breve vamos apresentá-lo para a população”, disse Travaglini.
Consultório de Rua – Segundo dados do Ministério da Saúde trata-se de uma estratégia de ampliação do acolhimento e acesso para usuários de drogas em situação de vulnerabilidade social. Iniciado em Salvador, no final dos anos 90, o Consultório de Rua consiste numa equipe volante, constituída por profissionais da saúde mental, da atenção básica, e pelo menos um profissional da área de assistência social, que realiza uma rotina de atividades e intervenções psicossociais e educativas na rua, junto aos usuários de drogas. Estas equipes realizam intervenções educativas e psicossociais, e contam com insumos para tratamento de situações clínicas comuns, além de preservativos, cartilhas, material para curativos, e medicamentos de uso mais frequente.
“A limpeza do nome da cidade, a organização financeira frente aos muitos problemas que encontramos, como a dívida de R$ 230 milhões, possibilitou a conquista do Certificado de Regularização Previdenciária e com isso Marília pode agora firmar convênios com o governo estadual e federal. Esse recurso virá em boa hora para combatermos o crack. O município já enfrenta este grave problema, mas a unidade nova, que construiremos, será fundamental para reforçarmos esse trabalho”, concluiu o prefeito Vinícius Camarinha.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Wilson Ruiz
